A palavra tem suas raízes na filosofia antiga grega. Sua primeira menção conhecida é atribuída a Tales de Mileto, um dos filósofos pré-socráticos. Para Tales, a arché era a substância primordial da qual todas as coisas derivavam. Ele acreditava que a água era a arché, o elemento fundamental que constituía o universo.
   No entanto, outros filósofos como Anaximandro, propuseram que a arché não podia ser identificada com nenhum elemento específico, como a água de Tales, mas era uma realidade indefinida e indeterminada a partir da qual todas as coisas surgiam e para a qual todas as coisas retornavam.
   Heráclito, por sua vez, concebia a arché como o fogo, acreditando que o fogo era o princípio constante e dinâmico que governava o universo em constante mudança.
   Parmênides, um filósofo posterior, ofereceu uma perspectiva diferente. Ele argumentava que a arché era uma realidade imutável e única, negando a existência do movimento e da mudança. Podia ser identificada como o próprio conceito de “ser”.
   Ao longo da história da filosofia, o conceito continuou a evoluir e a influenciar as discussões sobre a natureza da realidade, a origem das coisas e o significado da existência, tornando-se um dos pilares da filosofia clássica.