A Atropa belladonna também é chamada de deadly nightshade (sombra da noite mortal) e prefere habitats sombrios com pouca exposição solar, como beiras de rios e lagos. Possui distribuição natural na Europa e no norte de África e é naturalizada em partes da América do Norte.
É uma planta extremamente tóxica e, por ser rica em atropina, cinco amoras ou apenas uma folha são suficientes para matar um adulto. Os sintomas do envenenamento incluem pupilas dilatadas, taquicardia, alucinação, dentre outros.
     Foi utilizada no Antigo Egito como narcótico, pelos assírios para “afastar os pensamentos tristes”, pelos druidas como uma planta medicinal valiosa com a qual tentavam auxiliar em doenças causadas por “demônios”. Seu uso teve larga difusão na Europa devido ao seu uso em bruxaria desde a Idade Média: as bruxas a consideravam a planta favorita do diabo, esfregando nos genitais para causar alucinações e sensação de levitação ou voo; os camponeses, por outro lado, a temiam, acreditando que se tivessem alguma porção de beladona em casa ela atrairia os espíritos do mal, permitindo aos demônios atacar seus lares. Na Itália, um extrato do fruto era colocado sobre os olhos das damas para provocar a dilatação da pupila com o intuito de ficarem mais belas, e foi isso que deu origem ao nome “bella donna” (bela mulher). O nome genérico Atropa foi derivado de Atropos, uma das três Moiras que na mitologia grega cortavam o fio da vida. Na mitologia grega, as mênades “com seus olhos de fogo” bebiam vinho com sumo de beladona e então se entregavam aos adoradores do deus Dionísio, nas orgias, para depois despedaçá-los e comê-los.